Lei Berenice Piana - Autismo
Fico muito feliz em escrever e compartilhar a informação que foi recentemente
divulgada: Nossa presidente Dilma Roussef sancionou a Lei nº 12.764 que institui a Política
de Proteção dos Direitos de Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
A lei foi batizada com o nome Berenice
Piana que, por ser mãe de um autista, auxiliou na criação da legislação a
partir de uma proposta feita à Comissão de Direitos Humanos do Senado. A lei assegura
os benefícios legais de todos os indivíduos com deficiência, como reservas de
vagas em empresas e o atendimento preferencial em instituições como bancos, e
também a participação em planos de saúde e o acesso a médicos, como
neurologistas, psiquiatras e terapeutas de fala. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12764.htm)
O autismo, sem incluir o retardo mental severo com aspectos autistas,
ocorre em uma taxa de 2 a 5 casos por 10.000 crianças com menos de 12 anos, se
incluir o retardo, sobe para 20 casos por 10.000. De acordo com edição nº0 da
Revista Autismo, em 2006 o CDC (Center of
Disease Control and Prevention – Centro de Controle e Prevenção de
Doenças), realizou nos Estados Unidos uma pesquisa que revelou o número de
prevalência de autismo em crianças de oito anos, tendo resultado “uma criança
dentro do espectro autista para cada 110 crianças”. Fez ainda uma ressalva,
como o autismo é mais comum em meninos, esse número torna-se mais preocupante,
pois é um caso para 70 indivíduos e com risco menos para as meninas, sendo um
caso para 315 (de quatro a cinco meninos para uma menina). No Brasil há uma
estimativa de 2007, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da
Universidade de São Paulo, sendo um para 190 milhões de habitantes.
Apesar de o autismo afetar mais meninos do que meninas, quando afetadas, é
um caso mais severo no comprometimento cognitivo. Na maioria dos casos, o autismo
passa despercebido pelos pais, pois começa antes dos 36 meses.
De acordo com o CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), o
autismo é considerado como transtorno
invasivo do desenvolvimento, o qual apresenta comprometimento na interação
social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo. Ele é um espectro de
distúrbios relacionados que afeta o cérebro em desenvolvimento e para
diagnosticar o autista é preciso ficar atento a todos os sinais, desde bebês.
É importante lembrar que cada criança se desenvolve em seu ritmo e há marcos
que a criança deve atingir na forma de se relacionar, se comportar, interagir, é
preciso identificar os sinais que não estão evoluindo da maneira desejada e procurar
intervir o mais breve possível.
Com tudo, algumas pessoas com autismo são capazes de ter uma vida relativamente
independente outras, porém, necessitam de acompanhamento por apresentarem
dificuldades de aprendizagem, sensibilidades nos quatro sentidos.
Todos são capazes e precisam de oportunidades!!
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