Falta de contato físico gera descompromisso

Abaixo posto uma reportagem muito interessante sobre a questão da segurança na Internet, que os "filhos" acreditam ter. Vou inserindo aos poucos e fazendo comentários, (em azul) pois acredito ser um tema muito interessante e que todos deveriam se preocupar mais.

A reportagem começa assim:

"Uma pesquisa feita com 2.039 estudantes de São Paulo revela que as crianças e os adolescentes de classe média acessam a internet dentro do próprio quarto – na hora em que desejam e sem fiscalização dos pais. Responsável pelo estudo, Solange Palma Barros, coordenadora do Laboratório de Estudos em Ética nos Meios Eletrônicos da Universidade Presbiteriana Mackenzie, alerta que a garotada tem uma falsa sensação de segurança, impunidade e de anonimato na rede, o que conduz a uma perigosa exposição de intimidade.  Os questionários foram aplicados ao longo de 2008 e 2009 em escolas públicas e privadas paulistanas. Revelaram que a maior parte dos meninos e das meninas de 10 a 18 anos das classes média e alta acessa a internet em seu próprio quarto e que os pais não impõem limites na navegação. (Que fique bem claro que não estou querendo "regular" o acesso à Internet para ninguém, até porque cada um sabe onde o calo aperta, o que pretendo apontar aqui é, que muitos pais desconhecem o conteúdo que seus filhos acessam, o que escrevem sobre eles na internet e com quem conversam). 

"– Percebemos claramente que, por estarem na intimidade do próprio quarto, os jovens se sentem muito à vontade. Têm confiança de que podem fazer o que quiserem na internet. Eles não refletem sobre o que estão fazendo, não enxergam os riscos e não têm noção da repercussão. São crianças e adolescentes que não deixam o pai e a mãe entrar no quarto, mas que expõem a sua vida de lá. Passam muitas horas na internet, e essa ausência de contato físico gera um descompromisso nas atitudes – avalia a pesquisadora". (Quando se é adolescente ou criança, odiamos que os pais invadam nosso quarto ou que fiquem perguntando o que estamos fazendo, mas acontece que eles precisam se preocupar cada dia mais, o mundo de hoje está totalmente mudado e não podemos confiar mais em "carinhas bonitas" ou "carinha de bonzinho").

"Solange afirma que os arrependimentos, principalmente envolvendo vídeos, são comuns. Uma das razões para os exageros são a busca de popularidade. Tornou-se usual meninas exporem o corpo e executarem poses sensuais diante da webcam em competições pela maior audiência. (Fico pensando "que bonito" seria um pai fazer uma busca na internet e deparar-se com um vídeo de sua filha em poses sexuais...- um espaço pra continuar pensando...- a intimidade de uma pessoa deve ser completamente preservada, fotos ou vídeos postados podem causar um prejuízo tremendo na vida de uma pessoa e depois não tem mais volta, fica na "cloud computing" e sabe Deus lá o que acontece).
"A pesquisadora acredita que é preciso desenvolver uma postura mais reflexiva entre crianças e adolescentes – e que o lugar para fazer isso é dentro da escola:– O ideal seria inserir uma disciplina de ética nos meios eletrônicos. Teria de ser desde a alfabetização, porque hoje as crianças já nascem dentro da internet. Precisam saber até onde podem ir e o que é certo ou errado". (Pois é, as crianças já nascem "internet", concordo com isso e acredito que seria interessante uma matéria sobre ética, não só nos meios eletrônicos, como no geral, as pessoas precisam mesmo estar preparados pro mundo cada vez mais mudado e globalizado).

 

"Polêmicas podem educar:
O psicólogo Erick Itakura, do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, prevê que situações delicadas como as produzidas pelo Twitcam continuarão a aparecer, pelo próprio caráter revolucionário da internet, que chegou sem leis ou parâmetros e entrou na vida de todos sem que houvesse uma explicação sobre o modo de usar. Mas o psicólogo enxerga um lado positivo nos episódios polêmicos que estão pipocando. Eles produzem debate e fazem a sociedade aprender.
– Poucos anos atrás, as pessoas postavam fotos de biquíni na praia, sem desconfiar que as imagens poderiam ser manipuladas e colocadas em sites de prostituição. Hoje, a maioria protege suas fotos por meio de filtros. A tendência é que aconteça o mesmo com as webcams – diz Itakura". (Mas como bom brasileiro "tem jeitinho pra tudo", até famosos caem... temos que ter cuidado sempre).

Abaixo segue a tabela da pesquisa:

Perigo dentro do quarto

Pesquisa com crianças e adolescentes de São Paulo revela hábitos na rede:

TÊM COMPUTADOR NO QUARTO (%)

Escola pública 53,5

Escola privada 60,2

TÊM LIBERDADE DE ACESSO NA HORA QUE DESEJAM (%)

Escola pública 72,2

Escola privada 75,1

JÁ SENTIU MEDO EM ALGUM ACESSO (%)

Escola pública 26,4

Escola privada 45,1

JÁ ACESSOU SITE DE CONTEÚDO NÃO RECOMENDADO (%)

Escola pública 37,3

Escola privada 42,7

 

Agora finalizando meu comentário... adorei essa reportagem, pais precisam sim controlar o conteúdo que seus filhos acessam na "Grande Teia Mundial" e precisam sempre manter um diálogo com eles e alertar de possíveis perigos. Pode ser conversando com um pedófilo, hoje em dia ninguém sabe quem pode ser um..

As fotos postadas podem ser editadas e colocadas em sites de pornografia, como dito acima, por isso, meninas e meninos, cuidado com o que colocam na internet, hoje em dia precisamos duvidar de todo mundo.

A Internet é riquíssima, podemos usar e abusar dela, mas com consciência e sempre lembrando que ela pode ser "vilã" ou "mocinha" (Palavras de um ensinamento que levo para a vida toda).Bom, finalizado aqui, pois se continuar não paro mais... pensem muito sobre o assunto e eduquem seus filhos e alunos em relação a tudo o que foi dito, aqui no meu blog mesmo, no menu ao lado direito, tem uma cartilha que trata sobre segurança para pais, professores e alunos, confiram!!!

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